quinta-feira, 28 de junho de 2012

Honra


Quero contar a vocês uma história que ocorreu em um planeta distante daqui, sobre as duas raças evoluídas do planeta em questão. Para preservar a identidade deles, utilizarei apenas o nome das raças que são: “Mannelijk’” e “Vrouw’s”.
Vamos à história deles.

                Mannelijk’s é uma raça corajosa, inteligente e determinada. Desde o início foram eles que desbravaram pela selva de seu planeta, enfrentaram as feras, e traziam o alimento a todos do grupo. Mas assim como nós humanos, não tinham pensamentos iguais, e lutavam pelo poder e conquista de espaço territorial. Os Vrow’s por sua vez por não serem tão destemidos e com condições físicas para travar essa batalha por espaço territorial, ficavam na comunidade, cuidando dos feridos das batalhas, e dos Mannelijk’s e Vrow's menores, por ainda não terem condições de ir à luta, ou cuidar dos demais. Claramente ambas as raças desempenhavam um papel muito importante juntas, cada uma dentro de suas características e, a cada novo dia, eles progrediam mais e mais.
                Após muitas guerras, gerações após gerações os Mannelijk’s por necessidades e pela capacidade e inteligência, começaram a desenvolver a tecnologia, para facilitar o dia a dia dos “Vrow’s” e também para terem vantagens em suas batalhas. Por reconhecimento a grande parceria que tinham, os Mannelijk’s defendem até os dias atuais com a própria vida os Vrow’s. Para os Mannelijk’s não importa se os Vrow's são fisicamente mais fracos, o que importa é a história, as conquistas, e como tudo aconteceu e deu certo até então.
                Por reconhecimento a tudo que se foi conquistado pelos Mannelijk’s, a sociedade através de consenso, concedeu a eles direitos. Mas algo os Mannelijk’s conquistaram por sí só. A Honra e a Glória, obtidas pela coragem e atitudes por toda a história.
                Bem como não foi diferente com os Vrow’s. Por consenso da sociedade na mesma medida pelo que fizeram pela sociedade, ganharam seus direitos, e leis que os protegiam dos Mannelijk’s que ainda insistiam em não ser sociáveis.

                Infelizmente, um certo grupo de Vrow’s, em um certo tempo após esse consenso, começou a discordar do que tinha sido estabelecido. Questionavam o porquê dos direitos dos Mannelijk’s serem diferentes dos deles. Não acharam justo, queriam ter os mesmos direitos. E começaram a fazer a cabeça de todos os demais Vrow’s para que aderissem à causa. Após algum tempo de discussão, foram concedidos aos Vrow’s os mesmos direitos dos Mannelijk’s. Nada de ruim até então, tudo bem, isso não acaba se sendo tão injusto assim, mas talvez os Vrow’s esqueceram-se de alguns detalhes.

                Os Mannelijk’s tinham direitos diferentes dos Vrow’s, mas, tinham também muito mais deveres. O que ocorreu foi que os Vrow’s lutaram pelos direitos, mas dispensaram os deveres.

                Hoje é essa triste situação que os Mannelijk’s enfrentam. Hoje eles têm menos direitos, mais deveres, e não são reconhecidos por tudo que fizeram pela história de seu planeta. Os Vrow’s (não todos) apelam dia após dia por mais e mais direitos, mais e mais poder, mas não querem conquistar através da Honra, e sim no apelo a sociedade.

                Estratégias a parte de como cada raça decidiu “lutar” pelos seus direitos, tenho em mente que os Mannelijk’s deveriam reagir, não com violência, com inteligência e requerer a sua importância na sociedade que foram conquistadas através de muita dor, mas mantiveram a cabeça erguida. 

Porém se continuar-se os mesmos passos, penso eu que, Deveres e Direitos andam lado a lado. Se quisermos um, consequentemente temos que ter o outro. Se não for assim, seria mais ou menos como trabalhar e não receber o seu salário, não é correto, não é justo!

Independente do que aconteça, os Vrow's podem até conseguirem o que querem mas, a Honra, ao meu ver, somente os Mannelijk’s conquistaram.

E você? Qual a sua opinião sobre tudo isso?

Marco Rodrigues

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cenários

Passagem? Para onde vamos?
- Não sei!
Como assim. Qual é o destino?
- Não faço ideia...

Talvez falar em "passagem" deva você lembrar de uma viagem de passeio. Mas não é bem uma "viagem de passeio" a questão. Pense qual a passagem que você tem pego ultimamente? Qual o destino você esteja escolhendo?

Não da para se saber o destino. Infelizmente fazemos escolhas, e não sabemos com certeza onde vai dar. Ai o trem vai indo, passando por alguns "cenários", nos distraímos mas o trem continua andando. As vezes o cenário fica tão comum, tão corriqueiro que já faz parte da vida. Nem avaliamos se é bom ou ruim, se nos agrada ou não. Continuamos naquela viagem, porque já fazemos parte do cenário e, se mudar, descer do trem, o que será do cenário sem o nosso "papel"?

PAPEL!! Sim, o nosso papel. Mas quem o escreveu para nós? Ai que pode ser a parte triste. Porque se a vida é "minha" logo, devo EU escrever meu papel. Mas nem sempre é assim que acontece.

No decorrer da viagem deixamos alguém colocar uma vírgula aqui, um ponto aqui ou, quando não, deixamos outra pessoa escrever tudo! E vivemos aquilo que a pessoa quer, no cenário imposto goela abaixo, sem nem perceber.

Quando nos damos conta estamos em um lugar que, não sabemos como chegamos. Não sabemos como mudar o rumo da viagem, e depois de muito custo quando descobrimos como tomar o rumo desejado, não temos coragem. As figuras daquele "lindo" cenário, estão atrás, questionando:

- Porque vai deixar isso tudo aqui? E tudo que passamos! E todo o caminho até agora? Você não pode deixar! Você não deve fazer isso!

Mas lembre-se, o trem não parou, a viagem continua sendo feita e, se você está vendo o cenário e se sentindo parte dele, logo, você não é quem conduz esse trem.

Talvez ninguém acredite que você possa "pular" desse trem. Talvez ninguém nem imagine que você possa ter coragem de deixar o papel que escreveram para você. Não importa.

Se a viagem já não te agrada, mude de cenário, e na próxima, tente ser você a conduzir o trem.

Marco Rodrigues