“No rancho fundo,
bem pra lá do fim do mundo, onde a dor e a saudade contam coisas da cidade...”
Se você lembra-se desse trecho de música, se é do seu
tempo ou apenas ouviu alguma vez, deve ao menos entender o contexto do que dizem
as letras de uma música. Em um mundo muito distante do qual vivemos, em um
tempo remoto as músicas traziam em suas letras os sentimentos e pensamentos do
qual o compositor queria compartilhar com quem a ouvisse. Seja no ritmo
Sertanejo, Rock, Romântico, Samba ou o que for de sua preferência, o ponto forte
da música sempre foi expor aquilo que se pensa, era a nossa identidade. Então o que aconteceu com os tempos atuais?
Será que a identidade da nossa
sociedade (brasileira), está em “eu quero tchu, eu quero tcha”? Será que o momento da nossa nação hoje
não tem mais espaço para alguma letra que proteste contra tudo que vai mal? Ou
alguma inspiração que venha trazer esperanças? Será que temos que nos
concentrar em sair por ai gritando “Que hoje vai rolar o Tche
Tche re re Tche Tche”? Não quero nem me arriscar a colocar letras de
Funk Carioca...
Com certeza você já ouviu alguém com essa indagação: “Hoje
não existem mais pessoas inteligentes como antigamente”. É, se for analisar
pelo que é imposto a nós hoje, não mesmo. E vai ficar cada vez pior. Porque
hoje em dia, educar seus filhos é crime. O certo hoje é os deixarem crescerem
livres e soltos, sem regras, sem limites. Ai eles crescem, batem nos pais,
matam pessoas no trânsito, vão para cadeia, viram assassinos, e são protegidos
pelos “Diretos Humanos”. Só não se
esquecendo de dizer que quem paga as contas, somos nós. E o que tem a ver a
música com tudo isso? Bom, muito simples.
Se antes tínhamos jovens dizendo que:
“Todos
os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou. Mas tenho todo o tempo
do mundo...” (Legião Urbana) .
Hoje temos
“Eu conheci uma menina diferente me apaixonei assim tão de repente.
Nunca pensei que pudesse gostar de uma garota que só sabe me esnobar...”(Restart).
Mais um exemplo? Leia a letra da música “Não fuja da dor”
Titãs http://letras.mus.br/titas/84583/)
E compare com essa dos tempos atuais: http://www.letras.com.br/#!mc-katia/na-arte-do-sexo
A música
nada mais é que o reflexo do que vivemos. É a nossa identidade e por pior que
possa parecer é a mais pura verdade. As rádios tocam o que o povo quer ouvir e,
a maioria, quer isso. Não querem mais refletir, não querem mais lutar por nada,
não querem enfrentar a dor. Hoje a onda e ir ao baile Funk, pegar várias “vadias”.
Hoje a moda é crianças de 12 anos ficarem postando no Facebook que estão
apaixonadas, morrendo de amor, que a vida não faz mais sentido porque levou um
fora do Ricardinho da 7ª B! Hoje é “O pente é o pente é o pente!”
E em tudo
se resumiu há dois anos com chave de ouro. Os pensamentos se transmitiram e
confirmaram o quão estamos sem senso do que é certo e do que é errado (ao bem
comum de todos nós). Vote Tiririca, pior
do que tá não fica!
Não me pergunto aonde
chegamos. Pergunto-me aonde chegaremos.
Marco Rodrigues
Eu nem me pergunto, pois tenho medo do que possa ser o futuro....
ResponderExcluirO problema é que existem sim músicas boas, mas não é interessante para as grandes mídias divulgarem algo que não será mais lucrativo, visto que a lavagem cerebral já foi feita na maioria da população. Resta à nós, a minoria, fazer aos poucos a nossa parte.
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